A Adobe está se esforçando para construir seu próprio modelo de vídeo de IA, adquirindo toneladas de filmagens dos criadores, pagando US$ 120 por conjunto de videoclipes.
A Adobe está empenhada em coletar uma grande quantidade de vídeos para desenvolver seu próprio sistema de inteligência artificial capaz de gerar vídeos a partir de descrições textuais.
Essa iniciativa surge em resposta à OpenAI, que recentemente demonstrou sua capacidade em IA com o lançamento de um modelo de geração de vídeo denominado Sora.
A empresa, conhecida por suas ferramentas criativas como Photoshop e Illustrator, tem incorporado funcionalidades de IA generativa em seus produtos ao longo do último ano.
Eles introduziram funcionalidades que permitem criar imagens e ilustrações a partir de descrições textuais, as quais já foram utilizadas bilhões de vezes por criadores.
Contudo, a revelação de Sora pela OpenAI gerou preocupações entre os investidores sobre a possibilidade de a Adobe ser superada por esta nova tecnologia de vídeo.
Em resposta, a Adobe anunciou que está desenvolvendo funcionalidades de vídeo-para-texto e planeja divulgar mais informações ainda em 2023.
Para construir esse modelo avançado, a Adobe necessita de uma vasta quantidade de dados de treinamento.
Segundo um relatório da Bloomberg, a empresa está oferecendo pagar US$ 120 a fotógrafos e artistas de sua rede por pequenos clipes de vídeo que retratem pessoas realizando atividades cotidianas, como andar e expressar emoções como alegria ou raiva, além de interagir com objetos.
Os clipes requisitados pela Adobe focam em detalhes simples, como closes de mãos, pés ou olhos, e a empresa reforçou a proibição de conteúdo protegido por direitos autorais, nudez ou material ofensivo.
Embora o pagamento médio seja de aproximadamente US$ 2,62 por minuto de vídeo, esse valor pode chegar a cerca de US$ 7,25 por minuto, dependendo do material enviado.
Recentemente, tem havido debates intensos sobre as fontes de dados de treinamento, com relatos de que gigantes da tecnologia como OpenAI e Google podem ter utilizado milhões de horas de vídeos do YouTube, levantando questões sobre violação de direitos autorais.
Diferentemente dessas empresas, a Adobe tem procurado evitar problemas legais ao focar no uso de sua própria biblioteca de mídia de estoque e compensando diretamente seus colaboradores por fotos e vídeos quando necessário.