A gigante da tecnologia Amazon acaba de anunciar seu mais novo chatbot, alimentado por inteligência artificial (IA), chamado Q.
Este avanço surge um ano após o impacto do ChatGPT da OpenAI no mercado, que acelerou a adoção de chatbots por diversas empresas tecnológicas.
O objetivo de Q é auxiliar negócios com tarefas como a síntese de documentos extensos e organização de chats em grupos, visando um aumento significativo na produtividade.
Amazon planeja integrar Q gradualmente em suas principais aplicações de negócios, com a esperança de atrair mais empresas para seus serviços de computação em nuvem.
Além de auxiliar na organização de informações, Q tem capacidades diversificadas, como responder a consultas de clientes, gerar gráficos, analisar dados e ajudar com necessidades de codificação.
A Amazon também se comprometeu a proteger as empresas de questões de direitos autorais relacionadas ao uso de seu bot.
Esta promessa vem em um momento crítico, seguindo processos judiciais de alto perfil contra a OpenAI, alegando que direitos autorais foram infringidos para treinar o sistema.
O anúncio acontece em meio à intensa competição entre gigantes da tecnologia para inovar em IA, com a Microsoft sendo vista como líder após seu grande investimento no ChatGPT.
Em setembro, a Amazon anunciou um investimento de “até $4 bilhões [£3.2 bilhões]” na Anthropic, uma empresa de IA fundada por ex-membros da OpenAI.
A Amazon também é proprietária do Mechanical Turk, um serviço que utiliza crowdsourcing para o treinamento de modelos de IA.
Preocupações com Direitos Autorais
No lançamento de Q, a Amazon garantiu proteção contra reivindicações de direitos autorais, como a ação judicial movida pela comediante Sarah Silverman contra a OpenAI e a Meta, proprietária do Facebook, em julho. Silverman e outros autores alegaram que seus livros foram utilizados para treinar o ChatGPT e o sistema de IA Llama da Meta.
Embora um juiz nos Estados Unidos tenha descartado grande parte do processo de Silverman em novembro, outros autores, como Margaret Atwood e Philip Pullman, continuam pressionando as empresas de IA para serem compensados pelo uso de suas obras.